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Messi não sabe jogar futebol
13 de setembro de 2020
Perfis de mulheres que narram os amores e dissabores da maternidade – Livro de Mábily Souza
18 de setembro de 2020
Publicado por borboletaazul on 16 de setembro de 2020
Categorias
  • Literatura
  • O gol é só um detalhe
Tags
  • futebol
  • literatura
  • texto esportivo

O afeto no futebol do cotidiano e no todo

Lembro de quando chorei pelo fim do primeiro amor e lembro quando chorei pelo time de coração pela primeira vez. O choro sempre acompanha um ombro amigo ou uma cama quente.

O consolo quando o time perde é importante, tanto quanto se perde um amor, na arte de consolo é preciso técnica, é preciso ouvido, é um exercício, um ato de sensibilidade, no futebol existe quem chute cachorro morto, existe quem chuta cachorro morto depois de um término de relação também.

Cruel.

E pouco afetivo. Na balança é preciso botar os amigos de um lado e os galhofeiros de outro, se na hora do choro estiverem caçoando de você, é sinal de que está fodido de amizades. É aquele velho ‘chorô paro’ da infância elevado à maior crueldade.

Se o seu time de coração venceu o time do coração de outra pessoal, é preciso ter uma certa cordialidade, ao menos se você tem relação com aquela pessoa, se seu companheiro ou companheira são torcedores e estão vendo o jogo juntos é preciso essa cordialidade.

Se sentir alegria pela dor do outro é um caso sério.

Relações agressivas são um tanto quanto infantis e birrentas, ou algum traço da personalidade, saber consolar é uma arte.

Mais fácil o ódio, a raiva e o extravasamento vazio, isso ocorre quando destacam o futebol do resto, isso não existe, o gol é só um detalhe e um jeito burro de analisar o futebol, não se analisa uma paixão com números. Tudo está conectado, do jeito que você trata um torcedor rival ao jeito que lida com as adversidades.  

Negar é mais fácil, une mais, constitui uma personalidade com traços mais visíveis, difícil é se manter uma pessoa sensível, ser uma coisa só, não separar nada, ao menos tentar, acredito nos traços de personalidade, e escolher um time de futebol também faz parte. Mais do que isso, escolher o jeito que enxerga futebol, esse jeito é fator inseparável do jeito que vê as demais coisas do mundo. Não dá pra ser um pacifista e na hora do jogo querer matar todos os outros que estão torcendo para outros times.

O afeto começa em casa, mesmo que tenha pegado o time do pai, e seu pai seja uma pessoa violenta, dá pra ressignificar, reinventar, no fundo todo mundo tem um coração e um time de futebol.

Basta sair com a camisa do seu time pelo bairro pra ganhar amizades e inimizades, é o comportamento do grupo, um signo conhecido por todos, que diz muito sobre você.

Seu time é só uma parte, como se relaciona com os outros é a parte mais importante, uma relação saudável é quando se convive com outros diferentes, fato cobrado na política. Não com indiferença ou alienação, mesmo os embates podem ser com certa honestidade.

No fundo nunca é pelo time ou por política, é por tudo, é pelo jeito de enxergar o mundo, pelos pequenos atos do cotidiano que se sabe quem é quem.

texto 1- em defesa do futebol feio

texto 2 – gosto se discute?

texto 3- A descoberta do futebol: Minha primeira vez no estádio

texto 4 – Justiça no futebol

texto 5 – não gosto de esportes

texto 6 – Futebol como arte de antiarte

texto 7 – A vitória dos esfarrapados contra os times mais fortes é o que nos alegra

texto 8 – o talento desperdiçado de maneira desastrosa

texto 9- Messi não sabe jogar futebol

Marcelo da Silva Antunes nasceu em São Paulo, no dia 13 de junho de 1992, dia de Santo Antônio e de Exu. É Autor de VIVAVACA (2017), SP: Sem Patuá (2018), Outros Cortes (2019), Manifesto da hora que o couro come (2020) e do livreto Velho, Velho Testamento (2019). Editor do selo literário Borboleta Azul, agitador cultural e oficineiro de escrita criativa.
É poeta nas horas cheias.

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1 Comment

  1. Cax disse:
    31 de outubro de 2020 às 16:10

    👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾

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