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Publicado por borboletaazul on 2 de setembro de 2020
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Futebol como arte de antiarte

Futebol arte, futebol é arte, futebol magia, são alguns dos códigosnomes que o futebol recebe, muito por sua inconformidade de ser um esporte, ou apenas um jogo, ele movimenta, traz essas variáveis e uma narrativa típica de um povo caloroso, de gente contadora de histórias, por isso também a impressão de que somos o país do futebol, pelo entusiasmo e falta de enquadramento por aqui.

É sempre difícil escrever sobre futebol.  

“No país onde se sofre tantas mazelas se produz grande arte”. Essa é uma afirmação que traz certo sentido, não venho aqui falar disso, mas esse é um paralelo pertinente a ser feito, reparem na quantidade de artistas bons que temos por aqui e até exportamos pra fora, é aí nossa grande matéria prima, matéria bruta, o Brasil é ou deveria ser também o país da arte, tantos artistas se autoproduzem por aqui.  

No futebol é a mesma pegada, são quantos e tantos meninos e meninas com talento em terras tupiniquins, não saberia contar. Só nos grandes centros não teria como contar, imaginem nos outros cantos do país, o mesmo pode ser aplicado pra artistas, qualquer lugar do mundo vai encontrar, futebolistas brasileiros e artistas brasileiros. Pena e crime essa corja governamental fazer de tudo pra destruir nossa cultura. Deixando artistas e futebolistas (os que não estouram em grandes clubes) nadando contramaré desse paísdesastre.

Em comparações artísticas e escolares de bases ocidentais, talvez possam contestar nossos craques, podem alegar falta de técnica ou de escolaridade, falta de compromisso, irresponsabilidade, muita energia, etc., etc., pros padrões deles e pro business isso conta, pra arte comercial isso conta, pra ser encaixotado isso conta. E eles que fiquem com os padrões estéticos e éticos deles. Ainda não conseguiram e não vão conseguir domar nossa arte de antiarte.  

Nosso futebol é antiarte, é o que de mais inovador foi criado. É artístico, representativo, popular, massivo, refinado, é um reflexo, moldado e esculpido, uma coisa. Embora estejamos percorrendo o caminho inverso, correndo atrás de ser menos, copiando estilo de jogo de outros lugares, aí não falo de novas ferramentas e novos conceitos, que devem ser incorporados, digeridos, e transformados, falo da criação e cagação de regra, de manter as balizas pálidas e cada vez mais pálidas de uma arte pastel.

Existe uma alma que não pode ser domesticada.

Ora, vejam só. Eles exportaram o de melhor por aqui, copiaram nossos times dos anos 80, dos anos 70, sempre criticaram isso e copiaram, treinaram, tentaram e tentam, inventaram um outro jeito de jogar, e vendem isso por aí. Muito na conta de administrações melhores e de um capitalismo inclusivo e terrível, tudo vira produto. Código de barras.

Defendo a volta do futebol antiarte, com mais cadência, mais amadorismo, menos preocupação com marketing e vendas, o futebol é do povo, não pode ser o ópio, só se for o divertimento do povo, a cerveja gelada do povo, uma coisa que nasceu ali, mesmo essa tentativa de sequestrar e de deixar com cara de TV fechada, o futebol é do povo. Vejam nas várzeas, nos campos que ainda resistem enquanto escrevo esse texto, o futebol antiarte é nossa base, é preciso voltar pra base ou teremos cada vez menos nosso futebol e cada vez mais esse esporte estrangeiro que chegou por aqui.

A história sempre se repete.

texto 1- em defesa do futebol feio

texto 2 – gosto se discute?

texto 3- A descoberta do futebol: Minha primeira vez no estádio

texto 4 – Justiça no futebol

texto 5 – não gosto de esportes

Marcelo da Silva Antunes nasceu em São Paulo, no dia 13 de junho de 1992, dia de Santo Antônio e de Exu. É Autor de VIVAVACA (2017), SP: Sem Patuá (2018), Outros Cortes (2019), Manifesto da hora que o couro come (2020) e do livreto Velho, Velho Testamento (2019). Editor do selo literário Borboleta Azul, agitador cultural e oficineiro de escrita criativa.
É poeta nas horas cheias.

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