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Publicado por borboletaazul on 19 de agosto de 2020
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Futebol chato ou futebol legal? Gosto se discute?

Gosto é uma coisa muito particular, para entender e criarmos uma disputa e comparação para além do resultado é preciso criar uma linha de estudos para avaliar o futebol legal e o futebol chato, coisa difícil de entender, quem dirá classificar.

Os atuais recursos utilizados – estatísticas – me parecem muito frágeis, incapazes de medir o número de emoções dentro das 4 linhas. Começa que consideram trave como chute pra fora, escanteio a favor como uma coisa positiva e medem até o tempo que a bola ficou no pé e quanto tempo o cara correu.

Essa régua de comparação me parece mais adequada para esportes.

Os esportes com bola, vôlei e basquete, permitem ter essa comparação mais precisa, sempre o melhor vence e convence.

O resultado não é a pesquisa desse texto, o gol é só um detalhe, se eliminarmos todas as estatísticas de uma partida ainda assim seria possível escolher um vencedor?

O empate é quase um nãoresultado. E no futebol muito provável.

O futebol aparenta uma simples noção de que são 3 resultados possíveis, ganhar, perder ou empatar, não é só isso, tem que ser levado em consideração todo o contexto, tornando cada situação e partida um novo jogo. São fatores pertinentes desde a geografia do jogo, condições emocionais, esforço, resultado, emoção, etc, etc, etc.

Se uma equipe se prepara para vencer e não vence é uma coisa, outra é a preparação para não perder ou perder de pouco, isso acontece, o resultado não é o centro dessa pesquisa, ainda que os objetivos das equipes são pontos de partidas interessantes para entender as combinações dos jogos. Isso só pode ser feito depois do fim da partida, onde ela passa fazer parte da história e pode ser estudada. Durante, nada é garantido, nada é definitivo. Um cartão vermelho talvez. 

Futebol tem uma aproximação maior até do RPG do que de esportes.  

Esteticamente um filme fora de hollywood é considerado estranho, ruim ou feio por esses críticos do belo que só servem para achatar um jogo de futebol. Fórmulas, fórmulas e formulações.

O gosto é muitas vezes ditado pela indústria de massa, o comercial do futebol é uma coisa idiota para dizer que um jogo foi bom pela quantidade de gols. Estupidez. Essa comparação vem de esportistas e comentaristas com tendências ao showbusines que é uma NBA ou qualquer outro esporte americano, as cifras e os números são o que fica pra eles, é impensável um 0x0, já que não conseguem enxergar as nuances, preguiçosos. Essa visão simplista toma conta, comparam com velocidade da bola, do campo e força física de atletas. Lembre-se do maior jogo que viu (em termos de emoção, uma final, um jogo importante, um jogo com um grande lance), duvido que tenha sido um jogo com mais de 3 gols.  

O poderio financeiro conta muito, se os europeus têm os melhores jogadores, melhores chutadores e defensores o nível do futebol sobe. Não entremos no quesito futebol esporte. O futebol brasileiro é quase uma coisa, na verdade é uma coisa que não é uma coisa, ele é um nãoesporte, onde pouco vale a cartilha de disciplina de outras modalidades, tentar transformar essa coisa nossa em um esporte de alto rendimento vem se mostrando ineficaz e infelizmente inevitável, já estamos jogando alguma coisa parecida com o futebol deles, caminhamos para sermos cópias. Lembrem-se quem inventou a retranca e o futebol de posse de bola.

Os americanos estão chegando nesse esporte também. Esse jogo europeu com gols, festas e abertura com show de cantoras pop. O problema é que eles inventaram isso, sabem dominar isso, por aqui não cola, não teremos as condições de vida e cidadania de um europeu, as escolas ou um incentivo como os americanos.

O futebol acontece apesar de. Por aqui.

O gosto por gols não é de quem gosta de futebol, um jogo legal não é explicável, assim como um chato e sonolento também não é. Ou é.

confira o texto 1: Em defesa do futebol feio

Marcelo da Silva Antunes nasceu em São Paulo, no dia 13 de junho de 1992, dia de Santo Antônio e de Exu. É Autor de VIVAVACA (2017), SP: Sem Patuá (2018), Outros Cortes (2019), Manifesto da hora que o couro come (2020) e do livreto Velho, Velho Testamento (2019). Editor do selo literário Borboleta Azul, agitador cultural e oficineiro de escrita criativa.
É poeta nas horas cheias.

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1 Comment

  1. Eu não gosto de esportes, gosto de futebol - Borboleta Azul disse:
    31 de agosto de 2020 às 00:39

    […] texto 2 – gosto se discute? […]

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